Juntando os Trapinhos

01:15



Quando fizemos a Pesquisa de Público de 2015, algumas raparigas pediram-me para fazer posts a falar sobre a experiência de morar com o Gui, o que precisei de comprar, o que senti, as dificuldades que sentimos, entre outras coisas. Assim sendo, decidi inaugurar a rubrica "Juntando os Trapinhos". Ainda não sei bem a que dias vou publicá-la, mas basicamente a minha ideia é ir por partes e contar-vos um bocadinho da minha própria experiência e responder às questões que possam eventualmente ter. Espero que gostem da ideia! Vamos então pegar no primeiro ponto: as mudanças.

Após decidirem morar juntos, há que começar a planear tudo para que as coisas corram o melhor possível. No nosso caso, não houve bem uma conversa oficial. Quer dizer, na verdade até houve, mas por essa altura já eu estava basicamente instalada. Na altura morávamos ambos em Coimbra, ele com dois amigos e eu com duas amigas. Começámos a namorar e no início fazíamos as coisas à vez: uma semana dormia eu em casa dele, outra semana dormia ele na minha. Mas pouco a pouco fomos acabando por ficar em casa dele e quando dei por mim já não dormia em casa há meses. Nessa altura já o ano lectivo estava a acabar e foi só aí que surgiu a tal conversa: "O que achas de irmos morar juntos no próximo ano?". Já não me lembro quem perguntou primeiro, lembro-me só que foi uma ideia mútua durante uma tarde solarenga, a beber Coca-Cola no Café Avenida. Depois de falarmos nisso, não foi preciso pensar muito. Ambos sabíamos que era o que queríamos, e em Setembro já estávamos a mudar-nos para um quarto arrendado numa casa antiga. Na altura pareceu-nos uma boa opção; o quarto era de casal, grande, e custava 150€ a cada um. Olhámos só ao que nos ia sair do bolso individualmente mas, vendo bem, 300€ por um quarto é um roubo. Aliás, ali quase tudo era um roubo, a começar pelo preço do quarto e a passar pelo facto de estarem 8 pessoas numa casa que dava, no máximo, para quatro. Deu asneira, é claro. Mais tarde mudou-se para lá um outro casal, mas também não aguentaram muito tempo. Decidimos sair, após vários problemas e desconfortos, e acordámos que não nos adaptávamos bem numa casa com outras pessoas e que precisávamos de uma só para nós.

Foi então que encontrámos um pequeno T1 na Baixa, que na altura nos pareceu o Céu, mas que não nos ofereceu qualquer qualidade de vida. A casa tinha poucas janelas, não havia muita luz solar, as paredes tinham humidade, o exaustor não funcionava, o quarto acumulava pó atrás de pó...Bom, isto a juntar ao facto de não ter mobília era uma junção muito complicada. A renda era de 250€ mensais, mais as despesas de luz, água e gás, e foi a nossa primeira experiência a morar sozinhos. Era como se antes só dormíssemos juntos, agora a convivência era muito maior e confinada a apenas nós os dois. Tínhamos que pagar contas, lavar roupa, fazer limpezas e reparações, cozinhar, entre outras coisas.

As mudanças foram o mais complicado. Mudámos tudo de uma casa para a outra em dois táxis. Pagámos, salvo erro, 25€ de tarifas e ainda tivemos que transportar uma grande parte das coisas a pé porque morávamos numa rua onde os carros não podiam passar. Não tínhamos mobília nenhuma, por isso valeu-nos o que os nossos pais e avós tinham que já não usavam, e que nos iam levando à medida que podiam. De início não há o conforto que conhecemos quando pensamos numa casa nossa. Nós dormíamos num colchão insuflável e comíamos numa mesa de plástico, mas nem por isso fomos menos felizes. O conforto não era tanto, e a casa não estava visualmente bonita porque não estava decorada. As cortinas eram de uma cor, a madeira de outra, os tapetes de outra, e por aí além. Mas nem por isso nos chateámos minimamente. Estávamos juntos, tínhamos o nosso cantinho e a nossa vida, à nossa maneira. E no fundo é só isso que importa. Agora já não passamos por isso, já não temos renda para pagar, temos móveis e um lar propriamente dito. Mas a nossa alegria é basicamente a mesma. :)

Para quem tem carro é muito mais fácil fazer as mudanças de um lado para o outro. Baixam-se os bancos de trás, empacotam-se as coisas e leva-se tudo aos poucos. O problema era que nós não tínhamos e os nossos pais moravam a uma hora e meia de distância. Isso significou que os grandes móveis só puderam ser trazidos mais tarde, e nem pensar em trazer algo como uma cama ou uma mesa, porque não cabiam nos carros. Para quem pode pagar a empresas de mudanças, isso não será sequer um problema. Mas tudo se faz com vontade, e não foi por isso que nós não fizemos! Com mais alguma dificuldade, é claro, mas fizemos.

No que toca a empacotar tudo, no nosso caso as coisas iam meio ao abandalho, mas é importante que se empacotem as coisas por categorias para que depois seja mais fácil de arrumar. Não esquecer de almofadar bem as loiças para que não se partam. As mudanças são também uma boa altura para separar o que já não queremos/usamos e pôr de parte para vender, doar ou reciclar.

Ficamos por aqui hoje, que este texto já está gigante, e na próxima vez vamos falar sobre as compras necessárias para rechear uma casa nova. Beijinhos e abraços, espero que tenham gostado! Não se esqueçam de comentar e, já agora, fiquem com a linkagem:



Lê também

9 comentários

  1. Gostei muito e espero que seja eu em breve a ter esta experiência :)

    ResponderEliminar
  2. Gostei de ler :)

    O blog mudou de url. Se não estiveres a ver os meus novos post's na tua lista de blogs actualiza a url :)
    Women's Stuff

    ResponderEliminar
  3. boas dicas, espero daqui a uns aninhos estar a lê-las novamente ;)

    ResponderEliminar
  4. gostei muito da rubrica, acho que é uma ideia muito boa, vou ficar atento a novas edições. acaba por dar uma enorme ajuda em que está a pensar fazer o mesmo :)

    http://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/

    ResponderEliminar
  5. Mudanças dão sempre muito trabalho, e voces andaram a saltar de sitios em sitios até encontrarem a vossa Home Sweet Home, o importante é que encontraram e agora estão juntos e felizes :)

    BTW, gosto do novo visual :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, andámos sempre com a trouxa às costas! xD Ficámos seis meses na primeira casa, seis na segunda, e oito na terceira! É dose :P
      Obrigada, eu também gosto mas mesmo assim ainda não está exactamente como queremos. É temporário até eu aprender a fazer o layout que quero xD

      Eliminar
  6. Depois de tanta confusão deu tudo certo ^^
    Adorava poder viver com o meu Príncipe, mas a distância não permite :(

    *Beijinhos*
    Caty<3
    http://myfairytale4.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  7. Tenho a sensação de que vou gostar de acompanhar de perto esta rubrica. Até porque é bom para os jovens casais que estão a pensar juntar os trapinhos em breve :D

    ResponderEliminar
  8. Gostei muito do post e do teu blog!! Beijoca

    http://iminthemoodforblog.blogspot.pt

    ResponderEliminar

Obrigada pelo teu comentário!