A minha recomendação de séries e a vossa obrigação moral de as verem #

21:00


Antes de falar sobre o conteúdo do post propriamente dito, tenho de ser sincero sobre uma coisa: não existem muitas séries que me captem a atenção. É verdade, não há. E as razões são simples!
Em primeiro lugar, acho que a maioria das séries actuais utilizam estratégias repetitivas para encorajar-nos a seguir o enredo. Por exemplo, o episódio de hoje acabou com a personagem B a ser morta ou atirada de um prédio, para no episódio seguinte descobrirmos que afinal essa personagem estava a sonhar, a ter uma alucinação ou era tudo simplesmente uma encenação (os chamados cliffhangers.) Não me entendam mal, os cliffhangers são óptimos...quando utilizados devidamente (por exemplo, o final da última temporada de Sobrenatural), com reservas e não atiradas a torto e a direito.
Outra razão é a semelhança entre as inúmeras séries que enchem as televisões. A sério, não consigo sublinhar o quanto odeio as cópias e sub-cópias de séries que toda a gente fala hoje em dia. Só se vê "Teen Wolf"-es e "True Blood"-es e "Vampire Diaries"-es e "Bitten"-es...
Assim como "Spartacus", que no inicio era único e agora se vê cercado por outras séries que utilizam os mesmos esquemas conceptuais (violência a rodos, sexo, etc). Não é que as séries sejam más em termos de como lidam com o enredo, mas sim pela origem de toda a trama. Claro está, existem exemplos como "Game Of Thrones", que embora seja limitada pelo conteúdo base dos livros, cai na repetição de esquemas de "Spartacus" com as cenas de violência e sexo que abundam pelos vários arcos narrativos.
São séries desprovidas de criatividade, que seguem modas em vez de ideias. Primeiro vieram os vampiros e lobisomens, depois os zombies, os gladiadores e agora é a vez dos piratas. De vez em quando lá encontramos pérolas como "Firefly" ou os "Misfits", que inovam pela maneira como nos apresentam personagens bem construídos e enredos bem desenvolvidos, com finais adequados.

Uma dessas óptimas séries que quebram as modas e seguem uma história original (e totalmente épica, se me é permitido dizer) é Fringe. Com um conceito original, um enredo dinâmico em que o tom da série (e da história) muda à medida que as temporadas passam (uma temporada pode ter um estilo mais "procedural" ou singular na medida em que a história de cada episódio não necessita que vejam os anteriores, enquanto a temporada seguinte já segue um estilo mais serializado), Fringe é uma pérola da ficção cientifica. Tem um elenco excelente, com personagens marcantes que caracterizam esta série pelos melhores motivos (uma dessas personagens é um certo Walter Bishop, mas falamos dele mais para a frente...) e elementos narrativos que nos deixam a pensar. Afinal, é uma série de ficção cientifica, é suposto deixar-nos perplexos.
Ah, e um dos criadores da série é o senhor J. J. Abrams, que também criou a série Lost, os últimos filmes do Star Trek, e para o ano lança o episódio VII da saga Star Wars. Portanto é óbvio que esta série vem de grandes mentes!

"Oh Gui, isso é tudo muito bonito, mas eu gostava é que resumisses a história!" 
Mas com certeza, leitor irrequieto, seria um prazer!


A série foca-se na agente especial do FBI Olivia Dunham, Peter Bishop e o seu pai (e na minha opinião, a melhor personagem da série), Walter Bishop. Juntos, eles compõe a Unidade Fringe do FBI, e estarão encarregues de investigar crimes e mistérios que mais ninguém consegue resolver. E não conseguem resolver porque, tal como o nome da unidade indica, estes mistérios estão todos relacionados com a Fringe Science (ou Ciência à margem), que lida com assuntos controversos como habilidades psíquicas, clonagem, manipulação genética e quem sabe...Podem ou não viajar até universos paralelos no decorrer destas aventuras...*wink wink, nudge nudge*

Em relação aos pontos-chave desta série, para além da forte componente de ciência real e ficcional, destaco as relações inter-personagens e a óptima caracterização destas. O Walter, por exemplo, é um óptimo exemplo de uma personagem que serve como âncora da história (dado que é o cientista de serviço do grupo) e como ligação entre o elenco e a plateia, sendo que o Sr. Bishop é a personagem com mais peso emocional da série.

Em suma, recomendo o Fringe a todos os que procuram uma série para acompanhar. É daquelas séries que não esquecemos, quer pela história, quer pelos personagens. Com eles, vão rir e chorar e certamente repensar o que acham sobre o que é ou não uma série original. Se procuram e querem saber o que torna uma série um clássico de TV, aqui têm um óptimo exemplo.


Lê também

2 comentários

  1. Não consigo concordar contigo, no que toca ao Supernatural, acho que agora aquilo apenas se esta a arrastar, parece que já estão sem ideias, acho que perdeu um pouco "a cena". Mais parece ser uma competição para terem mais temporadas que o Smallville (que também nunca vi)

    Quanto ao Fringe, já vi tudo mas, as ultimas 2 temporadas perdi algum interesse.

    Misfits também já vi e até está engraçado mas mesmo essa muda o elenco por completo a meio e não sei se foi muito boa ideia.

    Game of Thrones ainda não me puxou para ver.

    ResponderEliminar
  2. r: Obrigada pelas tuas palavras querida Joana. Beijinhos e uma semana aos dois ***

    ResponderEliminar

Obrigada pelo teu comentário!